quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Dicas de HQs

Fala galera, hoje trago uma lista de HQs para vocês que querem se aventurar nesse mundo dos super-heróis, mas não sabem por onde começar.



DC Comics
·   "Batman: Ano Um", de Frank Miller e David Mazzuchelli





Parte de uma grande reinvenção dos ícones da DC Comics nos anos 1980, "Batman: Ano Um" é considerada a história de origem definitiva do Homem-Morcego.

Com roteiro de Frank Miller e arte de David Mazzuchelli, a HQ conta a ascensão da lenda do Homem-Morcego entre os criminosos de Gotham, em paralelo com a chegada do sargento James Gordon à força policial da cidade, tudo pontuado com um tom noir e sombrio graças ao excelente trabalho de cores de Richmond Lewis.

A obra é uma leitura essencial para qualquer fã de Batman, especialmente para quem gosta da trilogia de filmes feita por Christopher Nolan.




"Batman: O Cavaleiro das Trevas", de Frank Miller




Obra irmã e quase um contraponto a "Batman: Ano Um", "O Cavaleiro das Trevas" mostra um Bruce Wayne cinquentão e que aposentou a capa 10 anos antes dos eventos do livro.

Ao ver Gotham tomada pelo crime (e sofrer uma bela crise de identidade/meia-idade), porém, o Cavaleiro das Trevas ressurge para retomar as ruas - e no processo trazer velhas figuras inimigas, além de causar a ira do governo americano.

Além de ser um dos quadrinhos mais influentes dos anos 1980 por seu tom mais sombrio e maduro, "O Cavaleiro das Trevas" é recheado de momentos icônicos, do confronto final entre Batman e Coringa até a luta entre o Homem-Morcego e Superman, que após anos de espera finalmente foi retratada no cinema em "Batman vs. Superman: A Origem da Justiça".



"Reino do Amanhã", de Mark Waid e Alex Ross



Uma das obras mais premiadas do mundo dos quadrinhos, "Reino do Amanhã" faz parte da linha Elseworlds - em que a realidade da história não é a mesma da cronologia principal -, mas poderia muito bem ser uma espécie de "grand finale" da DC Comics como um todo.

A HQ mostra um Superman desiludido e isolado após a morte de Lois Lane pelo Coringa, mas que retorna à sociedade para tentar impedir uma nova era de heróis de destruir o planeta, precisando lutar contra inimigos clássicos e antigos aliados em posições de poder para isso.

Além de trazer uma excelente narrativa e arte maravilhosa da dupla Waid e Ross, "Reino do Amanhã" também serviu como forte crítica aos anti-heróis violentos que marcaram os anos 90 nos quadrinhos - em grande parte, curiosamente, por causa de "Batman: O Cavaleiro das Trevas" e "Watchmen".




"Watchmen", de Alan Moore e David Gibbons





A primeira (e, até hoje, melhor) grande obra a desconstruir os elementos narrativos clássicos de HQs de super-heróis, "Watchmen" é uma leitura essencial até para quem não é muito chegado a quadrinhos, ao retratar como a cultura, política, economia e guerra seriam mudadas com a existência de vigilantes e seres com superpoderes.

Embora muito do conflito central da narrativa tenha suas raízes na Guerra Fria, a história tem uma certa atemporalidade graças a personagens memoráveis e questões filosóficas e políticas relevantes até hoje.




"Grandes Astros: Superman", de Grant Morrison e Frank Quitely




Uma carta de amor à Era de Prata dos Quadrinhos (que durou dos anos 1950 até o início dos anos 1970), "Grandes Astros: Superman" é uma minissérie em 12 capítulos que mostra um Homem de Aço mais poderoso do que nunca... graças a uma overdose de radiação solar que vai, eventualmente, matá-lo.

Com seus dias contados, o herói tenta ajudar a humanidade o máximo possível, enquanto reflete sobre suas amizades, amores e relacionamentos familiares - tudo com uma dose de poderes e tecnologia bizarras e leveza típicas de histórias clássicas do Último Filho de Krypton.

Para quem quer entender porque o Superman é um personagem tão importante e duradouro na cultura pop, não há apresentação melhor (até agora, pelo menos).




"Mulher-Maravilha: Sangue", de Brian Azzarello e Cliff Chiang





Como parte da linha "Os Novos 52", que reinventou o Universo DC em 2011 (de novo...), Brian Azzarello e Cliff Chiang reconstruíram o mito da Mulher-Maravilha, dando mais destaque à mitologia grega e o papel da princesa Diana dentro deste mundo.

"Mulher-Maravilha: Sangue" é o primeiro volume desta saga, que lembra um pouco a série de jogos "God of War", mas com um toque mais feminino (e uma narrativa bem melhor).

A série foi tão elogiada que a Warner está pegando vários de seus elementos e trazendo-os para o filme da heroína.






Marvel Comics


"Marvels", de Kurt Busiek e Alex Ross




Minissérie em 4 partes lançada em 1994, "Marvels" é uma espécie de homenagem e retrospectiva do início e evolução do Universo Marvel.

Mostrando desde o surgimento do Tocha Humana (não o do Quarteto Fantástico) e Namor até a morte de Gwen Stacy, "Marvels" coloca estes eventos icônicos sobre a perspectiva do fotógrafo Phil Sheldon, cuja vida pessoal e profissional, além de dramas e desilusões, vão sendo moldadas conforme novos heróis surgem e crescem pelas décadas.

A HQ é uma ótima lição de história para o mundo Marvel, e serve como companheira para outro projeto de Ross: "Reino do Amanhã".




"Homem-Aranha", de Stan Lee e Steve Ditko




Não dá para se errar muito com os clássicos!

Mesmo tendo sido criadas há 50 anos atrás, as primeiras histórias de Peter Parker como o Homem-Aranha ainda são referência para fãs do herói, apresentando muito do que se considera essencial ao mundo de personagem: seus dramas pessoais, românticos e financeiros, o humor debochado como válvula de escape do dia a dia, J. Jonah Jameson, etc.

E enquanto os desenhos de Steve Ditko não tem o realismo e plasticidade de, digamos, um John Romita, seu design de personagens e fluidez de movimento nos desenhos ainda fazem dele um dos artistas definitivos do Amigão da Vizinhança.




"Demolidor: Revelado", de Brian Michael Bendis e Alex Maleev





Enquanto Frank Miller é responsável por transformar o Demolidor em um dos heróis urbanos mais emblemáticos dos quadrinhos (não é à toa que a DC chamou ele para fazer o Batman, anos depois), a dupla Brian Michael Bendis e Alex Maleev é responsável por possivelmente sua maior história, em que Matt Murdock deve lidar com o fato de que sua identidade secreta foi revelada por um tabloide, colocando a sua vida e a de seus amigos em risco.

A fase de Frank Miller vale como uma menção honrosa e que certamente merece atenção para quem gosta do personagem, mas sua divisão em vários volumes - sem falar no fato de que ele não assume imediatamente os roteiros na coletânea - podem afugentar os incautos.




"X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido", de Chris Claremont e John Byrne




Parte da icônica colaboração entre Chris Claremont e John Byrne que transformou os X-Men nos super-heróis mais populares do mundo, "Dias de Um Futuro Esquecido" é referência em futuros apocalípticos no mundo das HQs.

Na história, Kitty Pride envia sua consciência para o passado, com objetivo de evitar uma tentativa de assassinato que levaria a Terra a ser dominada pelos robôs Sentinelas e a raça mutante quase totalmente exterminada.

Em 2014, a HQ foi adaptada para os cinemas, colocando Wolverine no lugar de Kitty Pride - na narrativa original, Logan sofre um fim bem mais forte e memorável.




"Capitão América: O Soldado Invernal", de Ed Brubaker e Steve Epting





"O Soldado Invernal" é o primeiro arco de uma das melhores fases na história do Capitão América, em que Steve Rogers - trabalhando em conjunto com a S.H.I.E.L.D - deve lidar com um misterioso assassino conhecido apenas como Soldado Invernal, que é nada menos do que Bucky Barnes, seu antigo companheiro de aventuras durante a Segunda Guerra.

Em seus quase 10 anos com o personagem, Brubaker conseguiu transformar as narrativas do Capitão América em histórias cheias de espionagem e suspense, e a Marvel não titubeou ao adaptar estes conceitos para a telona em "O Soldado Invernal" e "Guerra Civil".

Fonte: www.uol.com.br


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